
É o que os gaúchos verão no palco do Anfiteatro Pôr-do-Sol, hoje à tarde, na Capital. A partir das 17h, o público e a banda estarão sob a mira de um aparato cinematográfico preparado para registrar o segundo DVD do grupo, que levará o mesmo nome do disco lançado no ano passado, Até Onde Vai.
O repertório, maioritariamente composto por canções do último álbum, não aponta para uma colectânea. Seria apenas o registro da actual turnê, não fosse o fato de que o Jota Quest está comemorando 10 anos do lançamento de seu primeiro CD e de estar fazendo isso em um local especial para o grupo.
- O show tem que acontecer dentro de um contexto, de uma história. Porto Alegre toca no emocional da banda - afirma o guitarrista Marco Túlio, explicando por que a escolha da margem do Guaíba:
- O Pôr-do-Sol é um clichê que não tem jeito de a gente fugir. Se o DVD não tem a proposta de passar a limpo a história, o aniversário do álbum de estreia que trazia o hit As Dores do Mundo fez o Jota Quest olhar um pouco para o passado, em uma conversa com Zero Hora no quarto do Hotel Sheraton, em Porto Alegre.
A conclusão: não teve pior momento e, se teve, já passou.
- Não temos mais que provar nada para ninguém. Estamos completamente resolvidos - afirma o baixista PJ.
A crise dos sete anos a que Flausino se refere remete a um momento em que a trajetória do grupo reuniu elementos explosivos, para o bem e para o mal: vendas maciças de disco, turnês intermináveis e uma enxurrada de críticas pela gravação de um comercial de refrigerante para a televisão.
- Tomamos umas bordoadas. A gente foi metralhado não só pela crítica, mas por algumas pessoas da classe artística. E todos que bradaram contra vieram a fazer a mesma coisa depois - dispara o vocalista.
O Jota Quest tratou de criar suas fórmulas para demolir cada um destes elementos. Sobre o comercial de televisão, a postura dos músicos brasileiros nos últimos anos acabou absolvendo o grupo, que resume o episódio na frase irônica do baterista Paulinho Fonseca: "Nunca diga deste refrigerante não beberei".
O desgaste das turnês exaustivas também precisou ser enfrentado. Quando a rotina de quatro shows por semana começou a tornar as apresentações burocráticas e a multiplicar as discussões desnecessárias no camarim, a solução encontrada foi simples: música.
- Resolvemos colocar no camarim um aparelho de som e uma luz baixa. Agora, antes e depois dos shows, não conversamos mais, só ouvimos música. Resolveu tudo - conta Flausino.
Sobre o futuro, ninguém sabe descrever com precisão o que vai acontecer. Mas Marco Túlio diz que pretende, quando chegar a comemoração dos 20 anos da banda, olhar para trás novamente. E Flausino sabe o que quer ver quando chegar esta hora:
- Que eu fui para as pessoas o que os meus ídolos foram para mim.
Os próximos 10 anos começam hoje para o Jota Quest
creditos: Zero Hora
3 comentários:
Oiiiii meninas!!!
Adorei essa entrevista e a foto!!!
Ai que vontade de ver logo como o dvd ficou!!!
Beijos,
Simone.
adorei a entrevista!!
;)
Adorei tb a entrevista!!
E a ansiedade pra ver o DVD então!?rs
bjoooss
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