23 de agosto de 2007

Paulinho

Impala Black Huck: adivinha quem é o dono?
A carroceria jogada, uma celebridade alucinada por carros e um customizador ainda mais maluco: está pronto o impressionante Impala 65 de Luciano Huck
Texto: Péricles Malheiros/FullPower
Fotos: Wagner Menezes/M2
(22-08-07) - As várias apresentações do Jota Quest no programa de Luciano Huck acabaram criando laços de amizade entre os profissionais da banda e o apresentador global. O baterista da banda, Paulo Fonseca, o Paulinho, é um dos que mais se aproximaram de Huck. “Como ele é maluco por tudo que tem motor, a gente se identificou”, conta o sempre divertido Paulinho. Papo vai, papo vem e Huck lança o desafio: “Outro dia vi um Landau impecável, Paulinho. Adorei aquela barca e decidi que quero um para me divertir com a família. Adivinha quem vai fazer um igual...”“Por telefone, contei ao Lu que, por sorte, tinha um Impala 1965 para restaurar encostado na Nittro e que ele seria uma base melhor que o Landau para o projeto”, conta o customizador. O ilustre cliente foi contra: queria porque queria um Landau, mas... Convicto, Paulinho tratou de providenciar alguns desenhos para ilustrar suas idéias de customização. “Fiz tudo utilizando o Impala como base. Que Landau, que nada”, brinca. Com o esboço em mãos, Luciano Huck não resistiu e foi à loucura, loucura, loucura.Mas somente dois anos após o sinal verde é que o Black Huck ficou pronto. “Foi por uma boa causa. Nesse meio tempo, o próprio trabalho de customização levou à idéia de criar o quadro Lata Velha, no Caldeirão. Como a Nittro foi a oficina escolhida para transformar os carros, o Impala foi ficando pra depois”, conta Paulinho. “Fazer o Lata Velha foi uma grande experiência, mas os perfis dos projetos propostos fugiam muito do nosso estilo. Aliás, o Impala Black Huck, sim, tem a nossa cara”, completa.
Funilaria
Maçanetas, emblemas, frisos... Tudo foi retirado com um meticuloso trabalho de funilaria, de modo a valorizar as amplas superfícies do Impala. “Carros grandes têm as formas valorizadas quando se aplica esse visual flat, sem relevos”, ensina o customizador. Alguns logotipos voltaram à cena, mas só depois de um providencial serviço de “rebaixamento” da lata, tudo para ficar rente à superfície. Atrás, o pára-choque foi trabalhado de modo a ficar mais curto e embutido. Mas estão nos pára-lamas traseiros o grande destaque da lataria do Chevy 65. “O carro estava pronto, inclusive com as rodas (Colorado Custom Boulder, aro 20”) traseiras cobertas pela lata. Então notei que seria impossível tirá-la no caso de um pneu furado, por exemplo”, reconhece Paulinho. “Não tive dúvida! Peguei uma serra pequena e cortei a peça onde ela se juntava com outras partes, como porta traseira, tampa do porta-malas e pára-choque. Depois, criei uma espécie de pára-lama interno recuado e adotei um sistema de dobradiça comandado por controle remoto para levantar a peça recortada”.
Mecânica
O cansado V8 283 com caixa Powerglide já não prestava para nada e a Nittro trouxe algo mais “hard”: um V8 350 com câmbio GM TH 350. Nada de tirar da caixa e jogar tudo no carro... A alimentação do propulsor gringo é de responsa da nacional FuelTech (RS), com flautas e corpos de borboleta Holley e oito bicos de 96 lb/h. A ignição também é nervosa, com distribuidor, bobina e cabos MSD, além de uma dupla de alternadores de 140 A. Motor também merece personalização: tampas de válvula e de filtro de ar e régua de cabos de vela são da Billet Specialties — mesma marca dos retrovisores externos.A transmissão ganhou um belo upgrade, com trambulador B&M, diferencial Eaton blocado (3,90:1) e um sistema elétrico Retrotek Speed, que permite a mudança de marchas por meio de teclas (no painel) ou paddle shift (borboletas tipo F1) atrás do volante.Ponteiras, mangas de eixo e buchas foram reforçadas para receber um kit de suspensão a ar da gringa Chassis Tech. “Mesmo ao rodar socado, nada raspa, pois redimensionamos os amortecedores e abrimos espaço para o sobe-e-desce”, garante Paulinho.
Personalização e som
O couro vermelho aplicado no revestimento dos bancos ressalta o trampo de estofamento, que mescla linhas retas e capitonê. No “RG”, o Impala é 1965, mas o visual e o luxo são de um modelo 2008.Como músico, Paulinho valorizou a sonzeira! Para a missão, contou com o apoio da Lowpass (SP), que recheou o porta-malas com um par de subs e de módulos, Clarion, mesma marca dos falantes e dos LCDs do painel e do teto. Black Huck com som no talo e a música do Jota Quest vira promessa para Luciano: “Dias melhores pra sempre!”

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