Eles já passaram dos 30, usam umas gírias bem desatualizadas mas, quem se importa?
Eles são os melhores!
Rogério Flausino: Isso é muito legal. Lá no comecinho, a gente fazia muita coisa na CAPRICHO, mas o tempo vai passando e vão pintando outras bandas. Naturalmente, a gente vai se afastando desse público. Perceber que estamos fazendo som para essa moçada mais nova é extremamente confortante para o nosso trabalho. Afinal, a gente está sempre querendo recomeçar e, se estamos chegando nesse público, é porque está rolando uma virada.
(Rogério quer saber com que bandas o Jota Quest estava concorrendo e quais os resultados em números. Quando sabe, fica chocado.)
Você tem acompanhado o que rola com o público jovem?
Sempre dou uma olhada na CAPRICHO. Vi que uma das últimas capas foi com o Black Eyed Peas, que o CPM 22 está sempre ali. São bandas que tocam no rádio o tempo todo. A Pitty fala muito para as meninas, e acho do caralho.
O estilo que mais chamou a atenção neste ano foi o emo, que tem uma mensagem diferente do Jota Quest. Como você vê isso?
Querer ser positivo, otimista, é natural da gente. Mas a discussão acaba ficando em cima da retórica, da poesia, mas não cabe a um ou outro julgar. Seria até falta de ética. Essas bandas não estão fazendo sucesso à toa. Elas têm um ponto de vista e estão batalhando por isso. Ficar criticando fica parecendo papo de velho. Eu defendo a liberdade. Não vou fazer o papel que fizeram comigo quando eu estava chegando.
O Jota Quest está lançando um DVD.
O documentário tem 50 minutos com coisas engraçadas para caramba, brigas, quebra-pau, discussões ridículas, estrada, viagem a Portugal e um lance em que um diz o que acha do outro, que é divertido. Quisemos fazer uma coisa a mais para a rapaziada. Era para ser só um making of. Tem até uma discussão para tentar descobrir o que é ser pop.
E o que é ser pop?
É ser Jota Quest (risos). A verdade é que não se chega a conclusão nenhuma, porque somos muito diferentes, mas conseguimos nos manter unidos. É gostoso de ser Jota Quest.
Vocês gostariam de aproveitar para mandar um recado ao Jerri Dias, afinal, nosso colunista sempre fala mal do Jota!)
Olha, se eu fosse jornalista, também criaria alguns pontos de apoio. A comparação, às vezes, é muito boa. Quero desejar um Feliz Natal e um Feliz Ano Novo para o Jerri. Também quero convidá-lo para a gente se encontrar um dia desses num show. Fala que ele pode vir depois do fim do show, para a festa. É que as festas do Jota são muito boas. (Risos).
É gostoso ser Jota por Lidy Araújo
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